sexta-feira, 9 de julho de 2010

O país é o mesmo, mas as seleções...

É pública e notória minha posição de não criticar o Dunga enquanto técnico da seleção brasileira. E mantenho a postura baseada no fato de que o treinador da Seleção tem que ser apoiado porque, afinal de contas, a Seleção não é nossa (não ajudo a pagar o salário de ninguém ali), e sim da CBF.

Eu só torço. E torço porque quero. Simples assim.

Mas não dá para deixar de comparar com outros trabalhos feitos aqui no mesmo Brasil. Tanto em times brasileiros quanto em seleções de outros esportes. E é claro que eu tô fazendo esse rodeio todo prá falar da seleção de vôlei masculino.


As diferenças são meio que, eu diria, "gritantes". Enquanto o presidente da CBF coloca uma pessoa que nunca foi técnico de qualquer time (ok, concordo com quem critica o Dunga desta forma), a CBV coloca no comando dos times (sim, vamos incluir aí as meninas) dois caras capacitadíssimos prá tocar o barco.

O resultado? Resultados!

Dunga também conseguiu resultados, e se a gente lembrar que ele foi técnico de um time de futebol, esporte completamente incompreensível no que diz respeito à resultados (sabe aquela conversa de "caixinha de surpresas"? então...) ele até que foi bem. Bem demais até! Mas faltou sangue-frio em um momento crucial do torneio mais importante que o time jogou.

Ontem (quinta, 08/07) eu tava assistindo à Bulgária X Brasil, jogo valendo a vaga prá fase final de Liga Mundial, que será disputada em Córdoba (ARG). Vencendo o jogo por 3 a 0 ou 3 a 1 o Brasil classificava com uma rodada de antecedência. Qualquer outro resultado e a decisão ficaria para o jogo de sexta. O que o Bernardinho fez? Botou um "mistão" prá jogar.

Faz parte da renovação. Depois das Olimpíadas de 2008 ele sabe que o Brasil precisa de jogadores novos. Não que os "velhos" não possam jogar e/ou ajudar, mas outros jogadores precisam fazer parte do time prá pegar experiência. E a Liga Mundial é um campeonato importante, acontece todo ano e distribui uma boa grana para os finalistas.

A seleção búlgara é um time de regular a bom. Tem excelentes atacantes, um saque poderoso mas uma defesa não tão boa. Se o bloqueio dos caras não funcionar, vira uma peneira. Ginásio lotado, gritaria, locutor oficial animando a torcida (na Liga pode, que nem no vôlei de praia) e fiscais de linha claramente pró-Bulgária, errando em diversas bolas durante o jogo. Vocês acham que a seleção brasileira ficou apavorada com o cenário?

Nem foi com ela. Fechou o jogo em 3 a 1 porque esse "1" aí foi feito num desespero búlgaro com a torcida fazendo uma baita barulheira nas arquibancadas e os fiscais errando direto a favor dos donos da casa. Chegou um momento que o jogador brasileiro fazia um ponto, virava para os companheiros e nem vibrava. Pareciam gelados, concentradíssimos, "arrogantes", não é, sr. Bert van Marwijk?

Isso é trabalho do técnico.

Técnico que, assim como o Dunga...



Engraçado que ninguém critica o Bernardinho porque ele é esquentado. E não venham encher meu saco dizendo que "ele pode porque é campeão de tudo" porque ele sempre foi assim, desde quando treinava a seleção feminina e as meninas viviam perdendo. Hipocrisia aqui não, faz favor.

Ah, e hoje o Brasil venceu por 3 a 2 (lembrando que a Bulgária tinha que ganhar o jogo de qualquer jeito prá classificar). Provavelmente o grupo que o Brasil vai iniciar a fase final terá Argentina (certo), E.U.A., Sérvia ou a própria Bulgária (dependendo de resultados).

E depois tem o Mundial na Itália...

Um comentário:

  1. Perfeito seu post. Adorei seu blog, o post é perfeito. Sou contra Dunga e à favor do Bernardinho. Isso é trabalho, como você disse, que gera e sempre gerará resultados e mais resultados. E o que não falta em nossas seleções de vôlei, são resultados. Combinaremos.

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Seguinte: essa bagaça é moderada, mas não tenha medo de comentar. Mas se você xingar a mãe alheia (principalmente a minha) eu dificilmente vou aprovar seu comentário.

No mais, senta o dedo nessa porra!