sexta-feira, 1 de maio de 2009

Senna, 15 anos depois...

Dane-se se quem me conhece há mais tempo já tá de saco cheio de ler o que eu escrevo sobre o Senna. Em todos os antigos blogs que eu tive eu sempre falava do cara. Mas por que, né?

Senna, prá mim, foi um exemplo não só de atleta (e aí existem divergências sobre a Fórmula 1 ser considerada um esporte), mas também de pessoa apaixonada e obstinada pelo que fazia. E ele não era perfeito. Não... de jeito nenhum. Senna era um cara que sabia o que queria, e batalhava por isso. Passava por cima de qualquer um pelo seu objetivo. Seu erro era esse? Quem sou eu prá julgar, mas pelo que eu sei ele era amigo de verdade daqueles que ele considerava amigos. Ele não dava mole para seus pares na pista. E sempre era criticado por isso, às vezes até pelos amigos.

Eu sempre cito a biografia "Ayrton, o herói revelado", de Ernesto Rodrigues. Ali naquele livro está um grande trabalho biográfico, sem dúvida. Centenas de entrevistas, centenas de opiniões e centenas de verdades sobre Senna. Eu recomendo o livro prá qualquer um que:

1 - goste de Fórmula 1;
2 - foi fã do Senna, ou pelo menos torceu alguma vez por ele;
3 - goste de ler algo interessante (a leitura é boa, eu garanto!).

Senna não passou a ser admirado após sua morte, considerada por muitos heróica (eu achei estúpida), já que aconteceu em uma pista, casa de qualquer piloto. Senna é admirado e lembrado sempre pelos seus feitos. Tornou-se o maior esportista brasileiro em uma época de escassez de ídolos no esporte nacional, e além de preencher essa lacuna, realmente fez valer a torcida.

E como o próprio Ernesto Rodrigues escreveu, ele sabia afagar o torcedor brasileiro. Ele sempre agradecia a torcida, pegava a bandeira do Brasil após as vitórias. Nos dava orgulho. Mas se você é um ser sem coração, com certeza não entende do que eu tô falando. Deixa prá lá (vai ser fã do Piquet... nada contra o Piquet, tá? Só que ele era o oposto do Senna no quesito marketing pessoal).

Todo mundo que viveu aquele 1º de maio de 1994 se lembra onde tava quando recebeu a notícia. Pois todo mundo recebeu a notícia de alguma forma. A mesma coisa vai acontecer quando o Pelé falecer (já bati na madeira3 vezes). Foi esquisito... eu tinha 14 anos na época, e acompanhava religiosamente cada corrida. Era fã. Torcia, ficava puto quando o carro quebrava, vibrava quando tocava o Tema da Vitória. E assim como muitos, fiquei meio anestesiado com a notícia de seu falecimento.

Mas ficar lembrando o dia é triste e chato. Lembrar das homenagens póstumas também. Mas eu queria deixar um vídeo que eu achei no Tio Legal (vulgo Youtube) que mostra o gênio e sua genialidade. Naquele mafuá vertiginosamente apertado de Monaco, uma volta mágica...

Dá vertigem, sério! Se eu estivesse ao lado, tinha me borrado umas 3 vezes... cuidado se você tem coração fraco, a coisa é bem espantosa!


E esse vídeo aqui é simplesmente HUMILHANTE! Quem curte corrida vai entender o porquê, mas quem não curte, eu vou dar uma ajudinha. Na tela cheia, Senna. Na tela pequena, Michael Schumacher. O ano do vídeo do Senna: 1989. Do alemão: 1999. São SÓ 10 anos de evolução tecnológica pró-Schumacher. E o tempo da volta é quase o mesmo.

A humilhação pro alemão? Um pequeno detalhe que eu não vou contar qual é, mas dá prá perceber claramente...


Ah... hoje também é o dia do trabalho, né?

Um comentário:

  1. Nossa, eu me esqueci que hoje foi o aniversário da morte dele. Minha ficha só foi cair um mês depois da morte dele... antes nao conseguia processar.
    Beijos!

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Seguinte: essa bagaça é moderada, mas não tenha medo de comentar. Mas se você xingar a mãe alheia (principalmente a minha) eu dificilmente vou aprovar seu comentário.

No mais, senta o dedo nessa porra!