terça-feira, 10 de março de 2009

Sobre "Pride", Martin Luther King e meu orgulho de ser fã do U2

Sim, esse post tem um fundo musical!!!




Aumenta o som, porra!!!

Martin Luther King talvez... não, péraí... "talvez" não... ele COM CERTEZA foi o maior líder negro dos Estados Unidos. O cara ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1964, justamente por lutar (?) (metáfora, claro!) pela igualdade racial e pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, país históricamente racista. E não venham falar de Obama eleito, por favor, porque eu tenho certeza que tem (muito) americano babaca rasgando o cu com o dedo por causa da eleição do cara!

Bom, já o U2, banda irlandesa que não tem nada a ver com isso, compôs uma música em homenagem ao líder negro. É essa coisa maravilhosa que tá no vídeo ali em cima. Martin Luther King foi assassinado em 1968, em Memphis, e desde então seu nome tem sido lembrado como símbolo da luta pelos direitos iguais para todos os homens e mulheres, independente da cor, etnia ou religião.

Ôpa! Péraí! Eu disse RELIGIÃO?

Então tem a ver um pouco com o U2. Ou vocês não lembram que os conflitos que acontecem até hoje na Irlanda e que de vez em quando até explodem bombas e morrem pessoas são justamente entre católicos e protestantes? Pois bem... falou em U2, você pode até torcer o nariz para o ativismo político dos caras, mas uma coisa você não pode negar: eles cresceram em uma atmosfera de disputas. E não é só "Pride" que levanta uma bandeira política, "Sunday Blood Sunday" também é um hino contra a intolerância. Ou seja: o U2 tem bagagem prá falar sobre o assunto.

E agora eu tenho que falar do orgulho de ser fã do U2, mas eu acho que nas entrelinhas acima eu já falei. Sei lá, é uma banda que eu comecei a gostar sem entender patavinas do que eles cantavam (eu e meu inglês rocambolesco), mas com o tempo fui me informando, decifrando alguns versos e entendendo um pouco da importância do U2 não só como banda, mas também como porta-voz de algumas causas espalhadas pelo mundo. É chato? Eu acho que não. E você que tá lendo o post, independente de ser fã ou não da banda, o que acha?

Eu me orgulho porque enquanto uma centena de boas bandas durante a década de 70, 80 e 90 simplesmente acabaram por causa de drogas, brigas por causa de mulher ou por causa de grana, o U2 "nasceu" no finzinho da década de 70, cresceu muito na década de 80, virou uma "megabanda" nos anos 90 e hoje, sem sombra de dúvidas é a maior banda em atividade no planeta. Os caras estão aí, e talvez os únicos caras hoje que tem uma trajetória longa e que podem bater de frente com o U2 são os caras do Rolling Stones, mas vira-e-mexe rola um barraco de alguém da turma do Mick Jagger.

Tem até uma história interessante com relação à música e ao U2. Em uma das turnês da banda pelos E.U.A., ainda na década de 80, o Bono estava recebendo cartas de um possível "terrorista", simpatizante do racismo. Ele era claro: "Se vocês tocarem Pride, eu vou atirar para matar!"

Não lembro ao certo qual era a cidade que o cara ameaçava matar alguém da banda (provavelmente o Bono, já que ele é sempre o que fica à frente de tudo), pois me falha a memória, eu li isso em 2006, no livro "U2 by U2". Provavelmente era Memphis, cidade onde Luther King foi assassinado. Na hora do show, o que vocês acham que aconteceu? Claro que o U2 tocou a música, e aí o Adam percebeu que algo realmente poderia acontecer, ou teve um medinho aparente de que o Bono podia levar um tiro, e no meio da música ele entrou na frente do Bono meio que protegendo ele e acompanhando seus passos, e foi tocando, amarradão, como se nada tivesse acontecido. Ele disse que se o cara ia atirar ou não, ele não sabia, mas que ele sentiu na hora que deveria ficar ali, e ficou.

Bom, é isso. Resumindo: o U2 não precisava disso prá ser a banda que é. Ou talvez só seja essa coisa toda justamente por essas músicas. Vai saber, né? Bom, a tradução de Pride está
aqui. E o discurso mais famoso do Martin Luther King, o "I have a dream", está aqui.

E bom dia a todos(as).

4 comentários:

Seguinte: essa bagaça é moderada, mas não tenha medo de comentar. Mas se você xingar a mãe alheia (principalmente a minha) eu dificilmente vou aprovar seu comentário.

No mais, senta o dedo nessa porra!