quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nora Lindelof

Esse é o 2º capítulo da série "Joachinsville". O 1º episódio você pode ler aqui.

Nora Lindelof era uma bonita mulher, com cabelos pretos e olhos de amêndoa. Filha de um general norte-americano reformado e uma ex-dançarina panamenha, viveu grande parte da sua vida no Panamá, onde seu pai serviu ao exército na área do Canal (do Panamá, lógico!).

Quando Nora fez 18 anos, seu pai pediu dispensa dos serviços militares e se aposentou. A família mudou-se para os EUA, e foram morar em Joachinsville. Nora foi estudar jornalismo no outro ano, e desde que se formou, trabalha em Seattle como repórter. Quando os rumores sobre o Homem-Mosca começaram, o chefe mandou-a para a cidade:

- Lindelof, você morou nessa tal de Joachinsville, não é?
- Senhor, sim, senhor!
- Lindelof, já pedi para você não responder como se estivesse em um quartel...
- Sim senh... errr... desculpa, chefe... é a força do hábito.
- Tudo bem. Estou pensando em te mandar cobrir a história. Você conhece a cidade, seus pais ainda moram lá... tá a fim?
- Tudo bem, chefe! Vou prá lá hoje mesmo!

Bateu uma continência e saiu da sala, sob o olhar "ela não aprende" do chefe.

Esse era o maior problema de Nora. Ela era uma mulher muito bonita e atraente, mas tinha aquele jeitão meio "macho" de ser. Isso assustava os pretendentes! Culpa da rígida criação do pai, Nora não esquecia que estava bem longe do velho. Mas Nora guardava um estranho segredo, mas que nem ela sabia direito que era um segredo.

Simples: quando ela bebia, deixava aflorar seu lado feminino. O problema é que ela não entendia como no outro dia tinha sempre um homem bonitão ligando, mandando flores, bombons ou simplesmente fazendo declarações de amor na frente de sua casa. Nora apenas ignorava, pois não se lembrava de nada da noite anterior pós os goles.

Enquanto ela e o cameraman Otto Livio iam para Joschinsville em um dos veículos oficiais do Canal 6, Nora ia pensando na vida, e no pouco tempo que viveu na pacata cidade. Alguns pensamentos passavam pela sua cabeça enquanto Seattle ia ficando prá trás.

Assim como os fatos de Joachinsville no primeiro post sobre a série, os pensamentos de Nora Lindelof são FUNDAMENTAIS para a continuidade da história. Vamos a eles então:


"Tanto lugar bom para o meu pai morar e ele escolheu logo essa cidadezinha? Tudo bem, o local é calmo e até bem bonitinho, mas não tem as mesmas facilidades que nós encontramos em uma cidade grande. Diz ele que a casa foi presente do exército... sei não, essa história de "presente" está mal contada!"

"Será que o Paul ainda vive por lá? Aimeudeus, se eu estiver fazendo a reportagem e ele por acaso aparecer, vou perder o ar. Vai dar merda!"

"Se essa história de Homem-Mosca não der muito certo, vou fazer uma reportagem metendo o pau naquela termonuclear que existe lá! Vou procurar motivos para acusá-los de poluidores do meio-ambiente... ele vão ver só!"

"Será que naquelas padarias eles ainda fabricam os pastéis de Belém? Engorda, mas eu gosto demais daquele doce!"

"Será que esse negócio de Homem-Mosca tem alguma coisa a ver com aqueles experimentos que uns garotos, entre eles o Paul, fizeram certa vez em uma feira de ciências, e que meu pai foi até na diretoria do colegial pedir para os alunos não apresentarem o trabalho, sob alegação de que o exército fazia algo parecido e que aquilo não poderia ir a público?"

"Meu pai é um velho esquisito às vezes!"


(continua... tenham paciência...)

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