segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

No olho do furacão

Hoje em dia, uma das maiores discussões rolando no mundo é sobre a economia de energia. Sustentabilidade, biocombustível, geração de energia alternativa, diminuição na emissão de CO2. Todos esses fatores são cruciais para o futuro do planeta Terra.

Algumas empresas já estão desenvolvendo meios alternativos de consumo, buscando a economia dos recursos naturais e a preservação do meio-ambiente. Um dos próximos produtos a entrar no mercado de forma massiva, e que promete diminuir consideravelmente a emissão de CO2 na atmosfera é o
carro movido à energia elétrica.

Essa eletricidade ficaria armazenada em baterias de lítio, um metal que com certeza foi escolhido por engenheiros e cientistas pela capacidade de armazenamento da energia e sua leveza, influindo no desenvolvimento da velocidade dos carros.

E adivinha em qual país do mundo existe lítio em abundância (sendo hoje a maior reserva conhecida do mundo)?

Vou dar uma colher de chá: "letra A, B ou C" na foto abaixo?


Independente da resposta, tenho quase certeza que 99% das pessoas pensaram: "Fudeu, é carne de pescoço!"

Hugo Chávez, Fidel e Zacarias Evo Morales. E aí? Venezuela, Cuba ou Bolívia?

Entendam o seguinte: montadoras francesas, japonesas e norte-americanas já estão de olho no metal. E é claro (não sejamos bobos ou inocentes) na riqueza que a extração do lítio pode trazer a alguns bolsos já entupidos de bufunfa.

Acertou quem marcou a letra "C". A Bolívia é a maior jazida de lítio do planeta. O metal pode também ser encontrado no Chile e na Argentina, mas o lítio boliviano além de abundante é de uma qualidade superior aos dos hermanos chilenos e argentinos.

Concordam comigo que vai dar merda?

Se o Evo fizer o mesmo que fez com as refinarias, a coisa vai ficar preta pro lado dele, anotem aí! Nem todo mundo tem um discurso de um retirante nordestino que cresceu e virou um metalúrgico pobre prá passar a mão na cabeça dele toda hora que ele cisma em nacionalizar empresas multinacionais.

Técnica de refino a Bolívia não tem. Se esses bãm-bãm-bãns do primeiro mundo cismarem de implantar empresas de extração e refino do metal e fazer jorrar um pouco de dinheiro na Bolívia, eles farão. Se o Evo quiser dar um grito-de-guerra e nacionalizar tudo, fudeu!

Prá Bolívia, claro...


[fonte: Jornal do Brasil, edição impressa de 08/02/2009, caderno Vida, Saúde e Ciência, pág. A31]

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