Neguinho já tá de saco cheio de ver filmes de 2ª Guerra Mundial, mas não é todo dia que você vê um filme sobre um pelotão que sai em missão de aterrorizar nazistas em plena França ocupada.
E o Tarantino na direção. Promessa de sangue... muito sangue!
Eu não costumo caçar informações sobre filmes que estão prá sair, ou que já foram lançados, eu quero ver mas ainda não tive tempo. Na verdade, minha relação com o cinema não chega até a net. Por exemplo: eu estive 99% alheio a toda divulgação de "The Dark Knight", que teve uma puta campanha na net.
Mas eu procurei saber da estória do filme, por motivos óbvios (ossos do futuro ofício?). E eu percebi que, além de toda a expectativa com relação ao que o Tarantino pode criar e quanto sangue ele pode fazer espirrar a partir da idéia, do roteiro, tem também alguma coisa de verdade no filme, mesmo que essa verdade pareça completamente fantasiosa.
Eu falo da resistência dos povos ocupados durante a 2ª G.M.
Vocês acham, por acaso, que o Hitler foi chegando e metendo o pé na porta com facilidade? É verdade que a tática da blitzkrieg pegava os adversários de surpresa, mas quando a poeira baixava, os que sobravam vivos após os ataques (e a blitzkrieg não chegava a matar muita gente, ela assustava e o pessoal se rendia aos alemães) formavam a resistência.
E tirando a Áustria, todos os outros países invadidos preferiam ficar bem longe dos alemães.
É capaz de, em algum momento, ter existido um batalhão que lutasse nos mesmos moldes dos Bastardos Ingloriosos do filme do Tarantino? É capaz. Não há documentação que prove isso, e apesar de eu já ter lido algumas coisas a respeito da resistência específica na França (cenário do filme), muito se fala sobre o que o povo fazia prá resistir e se preservar frente aos alemães, tipo:
- Os franceses escondiam o melhor vinho atrás de paredes falsas nas caves, e pintavam ou colocavam na frente da parede falsa uma imagem de Nossa Senhora. Os alemães respeitavam a imagem, e não derrubavam a parede. Os franceses faziam isso porque, em um determinado momento da guerra (lá pelo início de 1943) os alemães estavam confiscando vinho para usar de combustível.
- Idem ao queijo, mas é claro que os alemães não usavam queijo nos veículos... e sim na alimentação das tropas (dãããhhh!).
- Usando os conceitos de Pavlov, os russos ensinavam os cães a passar por debaixo de caminhões, e soltavam os bichinhos em direção às tropas alemães com bombas agarradas ao corpo, e duas anteninhas viradas prá cima, que na verdade era o "positivo-negativo" da bomba. Quando os cães passavam debaixo dos caminhões dos nazistas, as anteninhas encostavam na parte metálica dos caminhões, fechava o circuito e "BUM!", ia tudo pro alto. Não é à toa que alemão matava cachorro a grito na URSS.
- Um grupo de cerca de 10 russos resistiu bravamente aos ataques alemães dentro de uma casa em Stalingrado por um mês, sem reabastecimento de comida ou munição, eles usaram o que tinham dentro da casa. Quando algum alemão resolvia entrar na marra dentro da casa, após um tempo seu corpo inerte era jogado de uma das janelas do 2º andar coberto de dentadas. Bombardearam a casa, mas uma parede ficou de pé, justamente a que estava escrito à sangue: "Só sairemos daqui mortos!". A parede está no museu da guerra na Rússia até hoje.
Isso é só o que eu lembro agora, sem pesquisar em lugar nenhum. Tirei as informações de cabeça dos livros "Vinho e Guerra", de Petie Kladstrup, e "Stalingrado, o cerco fatal", de Antony Beevor. Não lembro as páginas e não venham encher meu saco com isso!
Ou seja, Tarantino pode (e com certeza vai!) exagerar, mas é aquele exagero que poderia ter sido verdade, devido às circunstâncias da guerra. Então fiquem com as palavras do tenente Aldo Raine, ao recrutar seus soldados bastardos:
O resto é Tarantino!
E o Tarantino na direção. Promessa de sangue... muito sangue!
Eu não costumo caçar informações sobre filmes que estão prá sair, ou que já foram lançados, eu quero ver mas ainda não tive tempo. Na verdade, minha relação com o cinema não chega até a net. Por exemplo: eu estive 99% alheio a toda divulgação de "The Dark Knight", que teve uma puta campanha na net.
Mas eu procurei saber da estória do filme, por motivos óbvios (ossos do futuro ofício?). E eu percebi que, além de toda a expectativa com relação ao que o Tarantino pode criar e quanto sangue ele pode fazer espirrar a partir da idéia, do roteiro, tem também alguma coisa de verdade no filme, mesmo que essa verdade pareça completamente fantasiosa.
Eu falo da resistência dos povos ocupados durante a 2ª G.M.
Vocês acham, por acaso, que o Hitler foi chegando e metendo o pé na porta com facilidade? É verdade que a tática da blitzkrieg pegava os adversários de surpresa, mas quando a poeira baixava, os que sobravam vivos após os ataques (e a blitzkrieg não chegava a matar muita gente, ela assustava e o pessoal se rendia aos alemães) formavam a resistência.
E tirando a Áustria, todos os outros países invadidos preferiam ficar bem longe dos alemães.
É capaz de, em algum momento, ter existido um batalhão que lutasse nos mesmos moldes dos Bastardos Ingloriosos do filme do Tarantino? É capaz. Não há documentação que prove isso, e apesar de eu já ter lido algumas coisas a respeito da resistência específica na França (cenário do filme), muito se fala sobre o que o povo fazia prá resistir e se preservar frente aos alemães, tipo:
- Os franceses escondiam o melhor vinho atrás de paredes falsas nas caves, e pintavam ou colocavam na frente da parede falsa uma imagem de Nossa Senhora. Os alemães respeitavam a imagem, e não derrubavam a parede. Os franceses faziam isso porque, em um determinado momento da guerra (lá pelo início de 1943) os alemães estavam confiscando vinho para usar de combustível.
- Idem ao queijo, mas é claro que os alemães não usavam queijo nos veículos... e sim na alimentação das tropas (dãããhhh!).
- Usando os conceitos de Pavlov, os russos ensinavam os cães a passar por debaixo de caminhões, e soltavam os bichinhos em direção às tropas alemães com bombas agarradas ao corpo, e duas anteninhas viradas prá cima, que na verdade era o "positivo-negativo" da bomba. Quando os cães passavam debaixo dos caminhões dos nazistas, as anteninhas encostavam na parte metálica dos caminhões, fechava o circuito e "BUM!", ia tudo pro alto. Não é à toa que alemão matava cachorro a grito na URSS.
- Um grupo de cerca de 10 russos resistiu bravamente aos ataques alemães dentro de uma casa em Stalingrado por um mês, sem reabastecimento de comida ou munição, eles usaram o que tinham dentro da casa. Quando algum alemão resolvia entrar na marra dentro da casa, após um tempo seu corpo inerte era jogado de uma das janelas do 2º andar coberto de dentadas. Bombardearam a casa, mas uma parede ficou de pé, justamente a que estava escrito à sangue: "Só sairemos daqui mortos!". A parede está no museu da guerra na Rússia até hoje.
Isso é só o que eu lembro agora, sem pesquisar em lugar nenhum. Tirei as informações de cabeça dos livros "Vinho e Guerra", de Petie Kladstrup, e "Stalingrado, o cerco fatal", de Antony Beevor. Não lembro as páginas e não venham encher meu saco com isso!
Ou seja, Tarantino pode (e com certeza vai!) exagerar, mas é aquele exagero que poderia ter sido verdade, devido às circunstâncias da guerra. Então fiquem com as palavras do tenente Aldo Raine, ao recrutar seus soldados bastardos:
"Eu tenho um aviso a lhes fazer. Quando estiverem sob meu comando, vocês estarão em dívida. Uma dívida comigo. Todos os homens sob meu comando me devem cem escalpos de Nazis. E eu quero meus escalpos. E todos vocês vâo conseguir pra mim, cem escalpos de Nazis, retirados das cabeças de cem nazistas, ou vão morrer tentando!"
O resto é Tarantino!
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