Passando email

"E-mail, correio-e (em Portugal, correio electrónico), ou ainda email é um método que permite compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação. O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utilizam a Internet são baseados no protocolo SMTP, como aqueles sistemas conhecidos como intranets, que permitem a troca de mensagens dentro de uma empresa ou organização e são, normalmente, baseados em protocolos proprietários."
Fonte: Wikipédia (não vou linkar, foda-se)

Bem, certa vez eu resolvi sair com meu irmão e com meu primo prá zuar um pouco. Destino? Festa à fantasia em Valença, interior do estado do Rio (prá quem não conhece) e logo aqui do lado, 40 minutos de busão de onde nós moramos.

Daí que prá ir em uma festa que, na época, ninguém entrava no clube (só lá pelas 3:30h da madruga) e ficavam todos na rua, em torno de um bar chamado "Bar da Galinha", nós não precisávamos de nada muito elaborado como fantasia.

Eu não lembro do que meu irmão foi vestido. Meu primo vestiu uma camisa preta de metaleiro, arrumou uma pulseira daquelas que tem rebites, fez um moicano com gel no cabelo e tava pronto. Eu arrumei um jaleco branco, calça jeans e um estetoscópio. Médico básico.

E fomos prá "festa". A rua já estava lotada, e eu... ou melhor, nós começamos a beber. A cerveja estava beeeeem gelada, o que ajuda bastante. Lá pelas tantas o meu irmão arruma aquela coisa de deus malvada chamada lóló. Alguns chamam de lança-perfume, mas a gente chama de lóló mesmo, já que o lança é diferente.


Esse é o Lolo (pronuncia-se LÔlo)
Aí vocês já sabem, né? Se não sabem, eu vou contar: lóló dá aquela onda na hora, coisa de 10 segundos. A cabeça faz tumtumtum e o efeito acaba (se você usar em excesso aquilo frita seu cérebro, depois não diga que eu não avisei). Mas com cerveja o lóló aumenta o poder de destruição das suas faculdades mentais!

Então... não vou entrar nos detalhes da "festa", mas imaginem que a coisa tava boa e cerveja prá dentro! Muita!! Muita mesmo!!! E lóló na manga da camisa.

Atenção: as próximas linhas não são de minha autoria. São uma coletânea de depoimentos de terceiros que estavam no local e presenciaram tudo.

Uma hora, eu comecei a apontar para uma menina que estava perto de gente e vestida de Branca de Neve. Até aí tudo bem, todo mundo aponta prá todo mundo, esse povo adora regular o que os outros estão vestindo/bebendo/comendo/conversando, então o ato de apontar é algo normal. Pelo menos onde eu moro.

Só que a menina estava acompanhada. Meu irmão percebeu isso e me alertou. Bateu na minha mão e disse:

- Cara, abaixa a mão, pára de apontar prá garota que o namorado dela já percebeu e tá ficando puto.
- Calma! - levantei a mão de novo e voltei a apontar.
- Abaixa a mão, porra! - nisso meu irmão foi lá falar com o cara, pedir desculpas. Quando ele voltou e aplacou os ânimos do cara com uma frase que citava meu elevado grau etílico, eu mandei essa:
- Tô passando email!

.......... ............. ...........

- Coméquié? - voz do meu primo.
- Coméquiéfiladapôta? - voz do meu irmão.

- É... email, tipo Outlook!!! Envia e recebe.


Por isso que eu digo todo dia crianças: não bebam, ainda mais se os seus neurônios já são alcoólatras... diz o meu primo que na mesma noite teve uma hora que eu comecei a bater na cabeça e quando eles perguntaram o que estava acontecendo eu disse: " - Tô com problema no HD..."

Mas pensando bem... quem não bébe não tem história prá contar, concordam???