segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Inception (A Origem)

Fiquem tranquilos que não jogarei spoilers no texto. Aliás, vão lendo o que eu escrevi que no fim do texto tem um convite prá quem quiser participar da discussão nos comentários, e lá (e somente lá!) os spoilers estarão liberados.


"Como eu posso acordá-los com a ausência de gravidade?"

O filme "Inception", que no Brasil ganhou o nome de "A Origem" é sem sombra de dúvidas o melhor filme de 2010. E acho difícil algum outro filme tirar esse posto. Tudo bem que gosto é de cada um, mas sejamos francos: é um filmaço!

Christopher Nolan prova definitivamente que é um baita diretor. O roteiro também é dele, e os atores estão relativamente bem, cada um desempenhando um papel bem definido na trama, juntamente com os efeitos especiais, que eu classificaria o conjunto dos mesmos mais um ator, sem exageros. Aliás, a parte técnica do filme é impecável. Certamente concorrerá a vários Oscars e talvez leve por efeitos especiais e montagem de som, sem contar que pode rolar aí umas estatuetas prá diretor, roteiro e, quem sabe, trilha sonora. Mas como os caras da Academia são meio retardados, são só suposições.

O que me chamou a atenção foi, além da estória, a forma como ela é contada e construída na nossa frente. Nolan nos apresenta uma equipe de "ladrões de idéias", comandados pelo DiCaprio que usam os sonhos para conseguir seus objetivos. Só que os sonhos são volúveis, sofrendo interferências externas (como o cara que tá com a bexiga cheia e o sonho dele tem uma chuva torrencial ou os sacolejos da um carro em movimento que parecem terremotos no sonho) e tem regras regidas pelo subconsciente da mente que serve de "base" pro sonho, mas as leis da física podem ser burladas por outras pessoas que estejam conscientemente neste sonho, mas não sem sofrer represárias do subconsciente "base".

O parágrafo pode estar confuso mas vendo o filme vocês vão entender, pois tudo é explicado de uma forma eu diria que até meio didática e muito dinâmica. A coisa engrossa mesmo quando o filme passa a lidar com o sonho dentro de outro sonho. Mas se você não viu o filme, não se assuste, pois os níveis de sonho ficam bem claros desde a primeira cena. Eu falei que a "coisa engrossa" porque é aí que entra a genialidade do cara que editou o filme, fez os cortes, e tals, num verdadeiro servicinho-de-corno prá não embolar a trama.

Mas o mais importante é a discussão que fica no ar no final. Eu sei que você pode simplesmente aceitar toda a estória como ela foi contada, sair do cinema satisfeito por ter gasto sua grana e seu tempo num bom filme que tem ação e suspense nas medidas exatas e que cumpre seu papel, que é de entreter e espectador.

Prá você o peão parou de rodar. Pode fechar a página. E prá você que não viu o filme, pode fechar também, pois depois da imagem podem ter spoilers.


Mas se você acha que o peão não parou de rodar, comenta aí embaixo o que você acha que aconteceu. Eu tenho minha idéia sobre o que aconteceu de verdade na estória, e vocês?


Ps.: dá vontade de pegar a Ellen Page no colo, né não?

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