segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Manda quem pode...

... obedece quem tem juízo.

Essa história é verídica, na época eu fui junto e presenciei tudo.

Eu trabalhava no Rio (2004) e no fim do expediente eu e mais dois colegas de trabalho fomos a uma daquelas "casas de tolerância" que infestam o centro da cidade. Chegamos lá, sentamos em uma mesa de mármore em um dos cantos do salão e começamos a beber.

Desafio: digite "puteiro" na busca de imagens do Google.
ATENÇÃO: imagem meramente ilustrativa.

Eu não ia pegar mulher nenhuma, primeiro porque eu não tinha dinheiro prá isso, segundo porque naquela casa só tinha mulé ruim naquele dia... e porque eu também não tava a fim no dia. E porque também eu já fui a muito puteiro nessa minha vida, mas nunca paguei prá comer mulher. (prontofalei!) Eu queria beber e jogar conversa fora, só isso, e os caras queriam ir pro puteiro. Unimos o útil ao agradável.

Os caras também estavam meio sem grana naquele dia, mas queriam fazer um programa. Combinaram então de desenrolar com duas "primas" se podiam ir para o mesmo quarto pelo preço de uma. Claro que isso não deu certo, então o "plano B" dos caras era fazer o menáge-à-trois-do-capeta (dois com uma). Uma garota topou, então os caras passaram a discutir quem ia... bem... quem "ia" na garota primeiro.

Colega 1 - Cara, quem vai de primeira?
Colega 2 - Véio, rola nós dois juntos com ela logo, dane-se!
C1 - Tá louco? Vai que encosta?
C2 - Tá com medo, mané?
C1 - Porra... medo não, mas não vou ficar roçando em você!
C2 - Tá bom, então eu vou primeiro.
C1 - Por que você tem que ser o primeiro?
C2 - Porque sim, ué! Porque eu sou seu amigo e você tem que dar a vez aos amigos.
C1 - Eu dou a vez prá velho no bonde, e só!
C2 - Então você vai deixar eu ir primeiro porque eu tô pagando 70% do programa.
C1 - Mas sem meus 30% você vai prá casa bater punheta.
C2 - Então... então... porra... Vinícius (eu tava do outro lado da mesa, bem longe), olha práquela mulher dançando ali no queijo que eu vou resolver isso aqui.

Eu olhei pro lado... e cerca de 3 segundos depois eu ouvi um "ZIP!", um baque abafado na mesa de mármore, como quando você vai comprar carne e o açougueiro meio que deixa cair uma peça de picanha costela de boi em cima da mesa prá cortar e logo depois um "OHHHH!!!!!!" meio espantado da garota que ia fazer o programa com eles.

O que aconteceu realmente nesse meio tempo naquela mesa eu nunca fiquei sabendo ao certo, mas só sei que o outro colega entregou os 30% do valor do programa e deixou o cara ir lá transar sozinho com a garota, virou as costas e saiu do puteiro meio que fugindo, e branco igual um fantasma.

Rezava a lenda contada à boca pequena pelo pessoal do serviço em outras bebedeiras após o ocorrido que o cara colocou em cima da mesa um argumento irrefurtável. E não foi uma arma... de fogo, se é que vocês me entendem.


É o que eu sempre digo: manda quem pode, obedece quem tem juízo.


E eu agradeço até hoje por ter sido privado daquela visão do inferno... ou pelo menos, a visão da serpente do inferno...

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No mais, senta o dedo nessa porra!